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"Leitora Beta Eliane Responde I"



Quero começar esta coluna dizendo quão honrada me sinto de me relacionar com tantos escritores. São seres mágicos que tiram pedaços de sua alma, seus livros, e compartilham com o mundo com desapego apenas torcendo que cada pedaço/livro de seu coração seja tratado com o respeito e amor que merecem!


Espero contribuir com o trabalho de vocês. Distribui as dúvidas por assunto porque muitas perguntas tratam do mesmo quesito.


Gramática:


A Leitora Beta não trata de assuntos ligados á gramatica. As Revisoras(es) são os profissionais que fazem a revisão gramatical do livro antes da publicação. São os competentes para isso.

No dia a dia use os corretores dos computadores, Word por exemplo. Explore amigos professores ou amigos em áreas que usam muito a escrita como alunos de direito ou letras. Lembre-se da gratidão e não abuse.

Com relação ás vírgulas, apesar de ser quase uma epidemia nacional não saber usá-las, não é bom para o escritor desconhecer as regras. Lembre-se: uma vírgula muda completamente o sentido da frase.

Conselho de amiga: dê uma olhadinha nas regras de vez em quando!


Tempo:



Nós precisamos na nossa vida termos no mínimo três espaços. Um espaço escola-trabalho, um espaço família/amigos e o espaço pessoal. Há uma teoria mais profunda sobre o assunto para quem se interessar, sendo essa uma forma mais simples de dizer.

Se você não é escritor profissional você terá de dispor do seu tempo pessoal para escrever. Isso quer dizer que a escrita tem que trazer algum nível de prazer e realização pessoal, independente de sucesso ou não.

Àqueles que estudam e trabalham aconselho sempre ter um caderno (físico ou virtual) e anote toda e qualquer ideia que vier a sua mente, por mais sem noção ou fora do contexto que seja, anote tudo e reserve. SE você se dispuser no final de semana, ou nas férias, junte todo este material, monte um esquema para a construção do livro (que eu vou explicar no tema “Enredo”) e continue com o seu sonho.

Se você trabalha ou estuda aconselho reservar nem que seja uma hora do seu dia para dedicar ao seu livro, mesmo que a ideia não venha, mesmo que não seja produtivo naquele dia, por qualquer razão que seja. Essa rotina ajudará no processo de criação.

Os grandes artistas dizem que a inspiração não tem hora para bater na sua porta, mas as contas têm. Então se você está iniciando, e ainda não vive só da escrita, conseguir qualquer tempo que seja é uma vitória pessoal.


Paciência:



Paciência é uma arte dominada por poucos. Contudo, ela tem mais a ver com planejamento do que com temperamento, no que tange à escrita. O fundamental é um planejamento da sua obra: o que você quer escrever? Quando? Como? Qual o desenvolvimento? Enfim, esse planejamento ajuda a nortear seu caminho, o que pode te ajudar a ter mais paciência na hora de escrever. O que muitas pessoas confundem é ansiedade e impaciência.

A ansiedade toma conta do autor e pode causar outros sentimentos além da impaciência, tais como irritação, palpitações, tristeza, abandono da obra entre outros. Neste caso o mais recomendado é procurar ajuda profissional (psicológica ou psiquiátrica), mas um bom planejamento de enredo é a ferramenta mais importante para o equilíbrio de suas emoções.

Já os impacientes precisam entender que tudo tem seu tempo, e que é um processo criativo. Ficar irritado com isso só vai piorar seu bloqueio, respeite sua mente e seu corpo.



Tudo:



Para aqueles que têm dúvidas ou problemas com “tudo” recomendo uma xícara de chá (café é energético, então não é ideal), um sofá ou poltrona confortável e tranquilidade para que você possa fazer uma análise de si mesmo e entender qual é a sua prioridade. Descubra o que mais te deixa confuso e então mande-me suas dúvidas, vamos por partes. Estou esperando por suas dúvidas, TODAS elas, desde que nós possamos começar por algum lugar.


Sinopse:



Amigos (as), a sinopse é um pequeno resumo do seu livro em que você o apresenta, em linhas gerais, para um potencial leitor.

Imagine quantas vezes você não recomendou um livro ou um filme a um amigo em uma mesa de bar, em uma saída ou pelas redes sociais, o processo é o mesmo, com a diferença em que você vai escrever ao invés de falar.

Treine pegando um livro que você já leu e faça uma sinopse dele, e ainda, leia sinopses feitas sobre ele. Aliás, leia sinopses, material de estudo nunca é demais.


Enredo:



A melhor maneira de se conceber um livro é montando um esquema, ou um esqueleto, como dissemos anteriormente.

J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, concebeu a história que a tornou a maior autora contemporânea da Inglaterra em guardanapos enquanto estava em um restaurante. Durante uma viagem de trem ela esboçou o básico da história e partiu daí. Esse é o espírito da coisa.

O básico da história quer dizer o seguinte:

-Delineie seus personagens principais, pense em cada um: na sua aparência, temperamento, idade, motivações, história de vida, sua moralidade, sua família, seus amigos, enfim, quem ele/ela É.

-Defina a época e o espaço geográfico da sua obra. Onde será? Quando será? Porque essa época em específico? Porque esse tempo-espaço? O que isso agrega à obra? Lembrando sempre que, quando não for uma obra escrita no futuro ou no presente, a pesquisa histórica é INDISPENSÁVEL. Mulheres do século XIX não mostram seus tornozelos, por exemplo. Em se tratando do futuro ou histórias fantásticas você é Deus, faça o que quiser, como quiser, quando quiser, do jeito que quiser.

-Pense no conflito, o combustível da sua obra. O que a move? Vingança? Amor? Ódio? A busca por alguma coisa? Traumas? Reflexões? Algo que parece profundo para o personagem, mas acaba sendo uma bobagem para outros? Enfim, qual o tempero da sua sopa?

-Sobre o fim, existem dois approachs diferentes: escrever o final primeiro ou por último. Se você opta pelo primeiro você tem a vantagem de saber como a história termina e pode escrever tendo isso em mente, o que facilita o meio. Se você opta pelo segundo você tem mais liberdade criativa, visto que nada está gravado em pedra, contudo, isso pode dificultar o desenvolvimento da obra, especialmente o meio. Pense em qual funciona melhor para você, mas nunca se esqueça, o final é a parte que todos vão se lembrar, então que seja memorável. Muitos autores têm dificuldade com o final por apego à obra e, portanto, prorrogam sua vida, como um paciente terminal. Seja misericordioso com seus filhos da ficção, eles merecem um desfecho, qualquer ele que seja, feliz, triste ou agridoce; e você também. Não sofra, desligue os aparelhos e encare sua obra de cabeça erguida. Um fim marca um novo começo.

Essa esquematização, devo pontuar, é válida somente para PROSA, para aqueles que se interessam por poesia, somente posso recomendar literatura especializada nas formas da poesia, o que é algo sério!

Por último, um lembrete daqueles que são esquecidos: seus personagens secundários podem ser inclusive mais ricos que os protagonistas, deixe eles voarem.

O maior alimento do autor é a leitura. A plataforma Wattpad é excelente e indispensável para seu “parto” criativo e para comparar experiências. Leia a obra de seus colegas, mas não se esqueça de ler também os profissionais, pois são ELES quem passaram pelo o que você está passando e superaram. Não tenha medo de olhar para os mestres, eles só parecem assustadores.


Respostas baseadas nas perguntas dos primeiros participantes da nossa coluna com suas dúvidas:


Jenifer Margarete Schroreder

Lene Gracce

Mikka Demetino

Karol Barcellos

Bárbara Nunes

Matheus Silva

Mikka Demetino

Cristina Farias De Britto

Gabriella Macedo

Leandra Suzan Heloisa Heidtman

Lily Freitas Bibiane Santos

Elimara Acosta Kleyse Apolaro

Fernanda Friederick Souza

Nanda Bollis

Nanda Dória Ribeiro

Jéssica Gomes

Tamires Silva

Aldo Andrade

Raissa Ribeiro

Daniele Gomes

Catheryn Esnarriaga

Deise Cristtina

Brooke Eilish

Cláudio Marcelo Silva

Tatiana Escórcio Costa Braun

Mônica Meirelles

Marli Dias Hernandez Fernandes

Gil Fox

Márcia Lima

Jennifer Moreira

Melchior D Melo

Autora Mary Conto

Fabio Baptista

Bruna Cunha

Poliana Cunha Mia Saide

Adrianna Cardoso

Cris Barbosa

Andressa Gomes Autora

J.M. Fisher

Francismar Campoli

Elimara Acosta

Kleyse Apolaro



Agradecimentos:


À Lene Gracce, que fez toda essa roda girar. Ao meu filho, Vitor Hugo, por me ajudar desde o primeiro instante. E à minha beta, Vauline (quem disse que beta não tem beta?).



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