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Onomatopeia: escrevendo sons e ruídos

Onomatopeia: escrevendo sons e ruídos

Olá galera. Como vão vocês? Espero que muito bem!!! Hoje é com a maior alegria que venho ao blog com a tarefa de inaugurar a coluna Escrevendo e Além. Oba! Preparei algo interessante e bem descontraído para abrir a coluna. Estão prontos? Estão vamos lá! Onomatopeias: o que são e para que servem? Bem, segundo o portal Mundo vestibular, onomatopeia “significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, cantos de animais, sons da natureza, sons de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias”.

Provavelmente você já leu a uma história e, durante a narração de uma cena ou até mesmo em meio a um diálogo, tenha notado algo como “Sshh”, “Boom”, ou “Tek”, por exemplo, ou seja, você já leu a um som ou ruído, uma onomatopeia, veja que divertido e repare ainda que este recurso enriquece uma narrativa. Antes de escrever a este post, durante a revisão de um dos capítulos da minha história no Wattpad parei e me perguntei o seguinte: como vou escrever o som do estampido de um tiro ou o som de um vidro se estilhaçando? Foi com esta pergunta que decidi mergulhar nas onomatopeias e acabei por descobrir o quanto elas são interessantes e podem nos ajudar a dar qualidade à nossa história, de modo a provocar a mentalização de um som qualquer na cabeça de nossos leitores. Hoje temos um facilitador que é a internet, onde podemos executar buscas simples de vídeos de explosões, de uma cachoeira ou até mesmo o som de uma rajada de vento, tudo isso para termos noção de como o som acontece, para conseguirmos assim juntar os fonemas exatos ou mais aproximados do som ou ruído o qual desejamos escrever. Devo confessar que antes de recorrer a internet cheguei a tentar reproduzir alguns sons dos quais eu gostaria de encaixar em um certo trecho de alguma história: forcei um espirro, provoquei uma tosse, bati a porta do quarto... quebrei um copo... enfim, mas nada disso foi tão necessário assim, porém, eu quis ouvir em ultra realidade. He He. Ainda falando sobre a internet, alguns sites possuem listas curtas ou extensas de onomatopeias, como o próprio Mundo vestibular, que possui um rico acervo com estes termos. O link pode ser acessado clicando aqui.

– Isso só pode ser uma troça. – Sif galgou a escada, apertou a Gungnir. – Odin é o nosso deus, e eu lhe mostrarei o porquê. – Não – Urakin a segurou. – O Escudo Humano – lembrou-lhe. – Não podemos matá-la, ou Danyel... Então... ... Bang! Um tiro. Um disparo. Ouviu-se um disparo. Onomatopeia: “Bang” (tiro) - Filhos do éden – Paraíso perdido (livro 3) – Eduardo Spohr, pág 497.

Observando o exemplo acima que extraí do terceiro livro da trilogia de Spohr, o meu autor nacional favorito, podemos notar com clareza o efeito causado pela escrita do som de um tiro, algo que tornou a passagem da história bastante criativa. Ao pesquisar em livros em minha estante, notei que até mesmo autores de alguns clássicos da literatura fizeram o uso de onomatopeias, como Lewis Carroll, por exemplo, em Alice no país das maravilhas. Ao notar este ponto pensei sobre o quanto os autores eram “raçudos” e criativos ao extremo para escreverem sons e ruídos, pois não dispunham do auxílio da internet. Acha que isso é indiferente? Bem, nunca vi muito menos ouvi a explosão de uma bomba pessoalmente, o que é bom para a minha integridade física, claro. Risos. Mas ainda assim reconheço o estrondo de um explosivo por conta de diversos filmes que já assisti e até mesmo os vídeos reproduzidos na rede mundial de computadores. Entendeu? Pois é.

“Ela gritou e disse que não acreditava naquilo, e ela queria ver seu filho. Mas eles disseram que não, que não era aconselhável, porque ele tinha sido mutilado a ponto de ficar irreconhecível e tivera partes cortadas e outras coisas.” “Eca, nojento” disse Andy. “Sshh. Continue” disse Brand. [...] “... e que o cara tinha um cheque aqui para ela de dez mil dólares.” “Uau”, sussurrou Andy. Onomatopeias: “Sshh” (silêncio) e “uau” (surpresa) - Os Goonies – Steven Spielberg, escrito por James Kahn, pág 167.

Querem saber onde foi que usei algumas onomatopeias? Pois bem. Aqui vai:

Parecíamos peões montados num touro até recuperamos a estabilidade e seguimos em frente. – Nós somos fodas! Sinto-me em pleno vigor por ainda ter algum vestígio do elemento gordo em meu sangue. Eu... Bang! Crack! O Gordão mal concluiu sua frase quando repentinamente ouvimos o estampido de um disparo vindo da arma do paraguaio e em seguida, num intervalo quase imperceptível de apenas alguns centésimos, o som do vidro traseiro da caminhonete sendo estilhaçado pelo projétil. – Pisa fundo, retardado! Onomatopeias: “Bang” (tiro) e “Crack” (vidro quebrando) – Rumo ao Paraguai – disponível em Wattpad – Paulo Machado, capítulo 32.

E vocês, galera. Já usaram alguma onomatopeia em suas histórias? Qual? Vamos tentar? Cuidado com excessos e lembrem-se: Escrevendo e Além!

Ah, antes de eu me despedir, proponho um desafio: tentem pronunciar o ruído que inspirou um dos contos do autor P. H. Lovecraft: O chamado de Cthulhu. O ruído é este emaranhado de letras mesmo “Cthulhu fhtagn”, como diz o próprio autor em meio a narrativa: é “quase impronunciável”. Ha Ha. Boa sorte! Mais uma coisa: mergulhem em quadrinhos. A turma da Mônica, Pato Donald ou qualquer outro que agrade o seu gosto. As histórias em quadrinhos são cheias de onomatopeias.

Até a próxima!

Paulo Machado

Coluna Escrevendo e Além


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